É a mesma casa,
o mesmo jardim para o qual a nossa estrela renasce todas as manhãs.
O mesmo jardim bem-cuidado de outrora,
mas agora
sofrendo com o peso do abandono,
visível nas paredes sujas e desgastadas,
à espera de alguém para restaurar,
tal como a nossa família,
estruturada um dia,
mas agora
completamente estilhaçada em pedaços
pelos mesmos membros que, um dia, a haviam solidificado,
mas, absorvendo as influências externas,
com uma facilidade sem equivalente,
simplesmente,
a destruíram,
deixando todas as suas conquistas
apenas na memória
dos que já foram,
de alguns poucos saudosistas do passado,
impotentes devido à falta de apoio.